Por que é difícil aceitar as diferenças?


            Na maioria das vezes o ser humano precisa de alguma tragédia para acordar e debater sobre determinados assuntos. Recentemente fomos abalados pela brutalidade que ocorreu na boate Pulse em Orlando, Estados Unidos. Alguns preferem dizer que a culpa é do terrorismo, outros acham que não.
            A minha opinião sobre essa tragédia, é que ela foi motivada pelo ódio, ódio por não aceitar a diferença, ódio por não aceitar que nós gays, apesar de tanto sofrimento, curtimos a vida com muita alegria e aproveitamos cada segundo que ela nos oferece.
            Só para ter uma idéia, aqui no Brasil, estima-se que um homossexual é morto de forma violenta a cada 28 horas, isso é assustador não é? É pior que a tragédia que ocorreu nos Estados Unidos, aqui mata mais gays que se possa imaginar.
            A questão é uma só, por que é difícil aceitar as diferenças? Por que para algumas pessoas a palavra di-ver-si-da-de assusta? Não está na hora de mudarmos isso?
            A resposta para essas perguntas é uma só. Pelo menos para mim. Falta educação e cultura, isso mesmo, é muito simples, quanto maior o acesso da sociedade à cultura, à informação, à arte, aos valores da humanidade, menos intolerante essa sociedade será. Sabemos muito bem que a violência não resolve o problema da intolerância. Vivemos em uma sociedade, sendo assim, vivemos juntos e viver junto significa compreender e respeitar as diferenças.
            Tenho a seguinte opinião, somos todos seres humanos e queremos apenas respeito, pois o resto fica fácil conquistar. Sem essa de perder tempo discutindo a tolerância ou a falta dela, devemos daqui pra frente adotar um novo discurso, no caso o respeito. Vamos discutir o respeito, certo?
            Eu particularmente não gosto da palavra “tolerância”, ela soa algo estranho, como “separação” e isso não é nada bom. Agora quando se fala em respeito, as coisas parecem mudar e tudo parece ser possível, menos complicado.
            Todos nós somos diferentes, ninguém é igual a ninguém, isso não é ciência.

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